quarta-feira, 30 de julho de 2008

O som do coração


Ontem a noite eu assisti e me emocionei com o filme "August Rush " ( O som do coração) a história é simples mas transmite uma linda mensagem de Fé e Esperança.

A vida tem seus caminhos, por vezes confusos.
Muitas vezes nos perguntamos o porque de certos acontecimentos....
Deus como o Pai amoroso que é , sempre deseja a felicidade de seus filhos, mesmo quando não entendemos a lição e a oportunidade de crescimento que se apresenta a cada nova experiência , ainda assim devemos manter nossa Fé !

É impossível não se emocionar com a cena do pequeno August regendo sua musica.Um conto de fadas contemporâneo com música do compositor Hans Zimmer (O Rei Leão) e de Mark Mancina (O Rei Leão; Kenai e Koda).


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Site oficial: August Rush

Sinopse:Um jovem guitarrista (Jonathan Rhys Myers) e uma linda jovem violoncelista (Keri Russell) conhecem-se uma noite em Nova Iorque e apaixonam-se profundamente. Separados pelo destino, para trás fica um filho tornado órfão pela força das circunstâncias. Anos mais tarde, a criança (Freddie Highmore), com dotes notáveis para a música, apelidada August Rush, toca nas ruas de Nova Iorque protegida por um misterioso estranho (Robin Williams). Para August o desafio de encontrar suas raízes através da musica pode significar mais do que um encontro com o passado...
Realização: Kirsten Sheridan
Com: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers,
Robin Williams, Terrence Howard
Site oficial: August Rush
Gênero: Drama

Musica da natureza


"Os pássaros são os maiores músicos deste planeta".
Messiaen

foto: Ricardo Alberto Souza

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sobre amores distantes


Depois de um tempo, a gente entende que não há distância para aqueles que se amam, contrariando o que dizem a quilometragem, a diferença de fuso, o tanto de afastamento dos olhos.

Porque o olhar que importa é o olhar que ama, é o olhar que sente, é o olhar que abençoa, e esse olha de qualquer lugar.

A gente entende que estar perto do corpo não significa necessariamente estar no coração. Porque para se estar no coração é preciso mais do que a presença física de olhos, ouvidos, toque, pele, voz. Para se estar no coração, adivinhe só: é preciso amor.

E o amor é essa ponte que nos leva a qualquer destino de maneira instantânea.É a facilidade do encontro, a beleza dele, o riso dele, a intimidade que é descanso, a história dele toda, que criam e mantêm proximidade, não é o corpo.

O corpo é a casa querida e temporária, às vezes desejada, de quem a gente ama, mas não é quem a gente ama. E nós podemos estar longe da casa e desfrutar dos sentimentos que tudo o que ela abriga nos desperta, um jeito de estar lá. Sem poesia, um corpo não floresce diante do nosso olhar.

A primavera que reconhecemos numa outra vida tem a ver com a primavera que acontece em nós quando a nossa emoção, de alguma forma, a encontra. Parece mágico e é também. Mas é afeto, sobretudo.

É claro que quando se ama, a gente quer estar perto fisicamente. Poucas coisas são tão prazerosas quanto apreciar ao vivo o sorriso bom de quem amamos, as diferentes maneiras de expressar com o corpo as mais variadas emoções.

Acontece que, por uma fantástica capacidade do amor, nós conseguimos estar próximos mesmo quando não estamos. O sentimento não tem paredes, já notou?

Quem tiver o coração todo desenhado com esquadro e compasso talvez não consiga entender. Para ver o que não está disponível do lado de fora, é preciso conseguir ver do lado de dentro. Esse, seja qual for a distância, é o olhar que faz toda diferença.

Na vizinhança dos vinte anos, um namorado me deu um livro lindo do Richard Bach, autor de “Fernão Capelo Gaivota”, intitulado “Longe é um lugar que não existe”. Um livro fino, pouco texto, e ao mesmo tempo grandioso. Num trecho, o autor faz uma indagação da qual nunca esqueci, algo mais ou menos assim: “(...) se você quer estar com alguém a quem ama, já não está lá?”

A mente é capaz de coisas incríveis, mas, em geral, nós aprendemos a lidar com a vida de uma maneira muito restrita, muito aquém das possibilidades das quais potencialmente dispomos.

Nós nos acostumamos a experimentar os nossos cinco abençoados sentidos como se tudo girasse em torno deles de forma exclusiva. Mas, depois de um tempo, depois de algum caminho percorrido, a gente começa a descobrir que não é só isso.

Por mais distante que seja, nós podemos ir onde o sentimento nos levar. Podemos ir e sentir um conforto imenso ao encontrar o que está lá. Quem está lá.
Ana Jácomo
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Esse texto maravilhoso e muitos outros você encontra aqui:
Fotografia : Benjamim Daniel

domingo, 20 de julho de 2008

Longe é um lugar que não existe...


"Podem os quilômetros separar-nos realmente dos amigos? Se quer estar com Rae, já não está lá?"
Richard Bach


Este clássico continua a inspirar as relações de amizade que não mais dependem de tempo nem espaço."Se você quer estar com alguém a quem ama, já não está lá?”

Neste dia 20 estive com cada um de vocês queridos amigos, desejando muitas felicidades e agradecendo a Deus pela benção amizade!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Gatinho

O gato é uma maquininha que a natureza inventou; tem pêlo, bigode, unhas e dentro tem um motor.
Ferreira Gullar

domingo, 13 de julho de 2008

O que faz um educador

A psicóloga Eliana França Leme, criadora do Quero-Quero, com crianças assistidas pelo projeto


O que faz um educador é o amor pelas crianças; e o amor pelas crianças que teimam em viver mesmo naqueles que já cresceram. O amor é esperto: ele sempre acha um jeito de chegar até o lugar onde mora o objeto amado. Pois não foi isso que fez a Rapunzel? Ela, presa na torre. O seu amor, lá em baixo, longe... Aí o seu desejo do abraço fez seus cabelos crescerem, crescerem muito, até chegar ao chão. E os seus cabelos se transformaram, então, numa escada pela qual o seu Príncipe subiu até ela. Um psicanalista imaginoso diria logo: cabelos são fios que saem da cabeça. Ora, os fios que nascem da cabeça são os pensamentos. O amor faz nascer os pensamentos que levam até o objeto amado. É assim que acontece com os verdadeiros educadores: eles descobrem um jeito de chegar até as crianças.
Pois foi o que a Eliana fez. Seus filhos cresceram e bateram asas. Mas ela continuou a amar as crianças. E da combinação de amor pelas crianças e inteligência cresceram, na cabeça dela, os fios que construíram o projeto educacional: “Quero-quero”. “Quero-quero” é o nome de um pássaro de pernas compridas (Vanellus chilensis lampronotus êta nome difícil!). Pode ser encontrado andando pelos campos. O nome está dizendo: quero, quero. Querer é desejar. Todos somos movidos pelo desejo. As crianças aprendem movidas pelo desejo. Essa é a intuição fundamental da Eliana: ela percebeu que a alma das crianças é habitada por sonhos, o maior deles sendo o desejo de ser amado e de construir o seu próprio futuro. Pedagogia do Desejo: é desse “quero-quero” que todos repetimos que brota o desejo de conhecer.

Rubem Alves


o texto completo vc lê aqui :http://www.rubemalves.com.br/queroquero.htm

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Palavras








Sê paciente;
espera que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.

Eugénio de Andrade
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Imagens das flores e do fruto da acerola- unesp

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Poesia e borboletas




No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

Cecília Meireles