sábado, 19 de março de 2011

A BELEZA E O SILENCIO

Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.



Rubem Alves in “O AMOR QUE ACENDE A LUA

- Escutatória”

sábado, 12 de março de 2011

Inevitavel - Flora Figueiredo


Inevitável

(Flora Figueiredo)

Se não fosse a beleza,
seria a graça;
se não fosse a graça,
seria a doçura,
quem sabe? - a simpatia,
ou até, talvez, - quem diria!
apenas a risada.

Mas mesmo que não fosse nada,
ainda assim,
seria.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gosto de Você


Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade. Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira; e escuta.
Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim...e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!
(Arthur da Távola)

Sobre as escolhas

Uma pequenina mudança hoje acarreta-nos um amanhã profundamente diferente.
São grandes as recompensas para aqueles que optam pelos caminhos duros e difíceis, mas essas recompensas acham-se ocultas pelos anos.
Toda escolha é feita inteiramente às cegas, e o mundo não nos dá garantia alguma. A única maneira de evitar todas as escolhas assustadoras consiste em deixar a sociedade e tornar-se um ermitão, e também isso é uma escolha assustadora.
O bom caráter advém de seguirmos nosso supremo senso de retidão, de confiarmos nos ideais sem querer estarmos certos de que darão certo.
Um dos desafios de nossa aventura na terra consiste em nos elevarmos acima de sistemas mortos... guerras, religiões, nações, destruições... recusarmos a fazer parte deles, e em vez disso exprimirmos o que temos de melhor dentro de nós.
Não importa qual seja nossa habilitação ou nosso merecimento, nunca alcançaremos uma vida melhor até conseguirmos imaginá-la para nós próprios e permitir-nos tê-la.
Deus sabe que isso é verdade!”

(Richard Bach – texto livro: Fugindo do Ninho)