domingo, 22 de maio de 2011

Sobre os amigos

As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"


(Antoine de Saint-Exupéry)

3 comentários:

Rose disse...

Como dizia o "Pequeno Príncipe", em suas andanças pelos planetas, "as pessoas grandes são muito esquisitas!"...
Precisamos aprender a olhar a essência das pessoas e não o quanto elas têm ou o que podem nos oferecer materialmente. Neste aspecto, as crianças nos ensinam todos os dias com sua simplicidade e pureza de coração!...
Um beijo carinhoso, "Mari"!
Rose

Felicidade Clandestina disse...

"Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de
estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou — amigo — é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é."

do sábio Guimarães.


Obrigada pela doce visita,
abraços!

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

Mari,
Ainda recordando um certo Principezinho, “o essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração”.
Um beijo de carinho,
Benja